quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

energia


clima e gera poluição, por um modelo “limpo”, baseado em fontes de origem biológica, é de suma importância.
Hoje, é indiscutível que o progresso industrial e o desenvolvimento sustentável, assim como a preservação do planeta, dependem da descoberta e utilização de novas alternativas de energia.
Nesse contexto, estuda-se e investe-se atualmente mais do que nunca nas inúmeras possibilidades de utilização em larga escala de fontes alternativas e menos prejudiciais ao 
ENERGIA - Desafios e alternativas para o século XXI 

Matéria publicada no Informativo n° 33 - setembro / outubro de 2000

Texto de Jaqueline B. Ramos*


Fontes: Projeto Energia Alternativa - UFG, Labsolar - UFSC, World Watch Institute e Eletrobrás
Qualquer tipo de energia pode ser definida, de uma forma bem objetiva, pela capacidade que tem de realizar trabalho.
Há 52 mil anos, o fogo foi a primeira fonte de energia que o homem utilizou, depois de sua própria força. Entre 10.000 e 5.000 AC ocorreu a Revolução Neolítica, caracterizada pela domesticação de certos animais que passaram a servir como fonte de energia. Nesse mesmo período, o homem aprendeu a plantar e com a agricultura surgiu a possibilidade de uso da biomassa como energia.
Por volta de 2.000 AC, a navegação começou a usar a força do vento e em torno do século II AC o homem se deu conta da força hidráulica, passando a fazer o aproveitamento da água como fonte energética para mover moinhos. A partir do ano 1.000 DC dá-se início à exploração mais intensa do carvão mineral e com a Revolução Industrial surgem importantes inovações, como a invenção da máquina a vapor.
Nos séculos XIX e XX verificou-se o aparecimento e desenvolvimento da eletricidade e dos motores de combustão interna a gasolina e demais derivados de petróleo.
O petróleo passou então a imperar por todo o mundo como a principal fonte energética e a economia mundial encontra-se hoje moldada à economia ditada pela produção e comercialização dos combustíveis fósseis (veja quadro “Fontes de consumo...”).
Um dos maiores desafios da humanidade no próximo século será descobrir o caminho para reestruturar seu modo de produção e consumo da energia, de maneira que não seja autodestrutivo e que não degrade o meio ambiente.
A questão sobre a substituição de um modelo de geração de energia “sujo”, baseado no petróleo, que afeta o 
meio ambiente, como a energia solar, a energia eólica, o hidrogênio e outras fontes (veja detalhes mais a frente).
Acredita-se, assim, que no próximo século deverão coexistir várias fontes de energia renováveis e pouco poluentes, o que determinará um quadro econômico global completamente diferente daquele em que vivemos nos últimos 100 anos __ a total hegemonia e dependência do petróleo. Dos anos 70 em diante, não houve uma só década em que não hovesse crises do petróleo na economia mundial. Agora mesmo, no início de setembro, estamos presenciando mais uma vez a enorme influência que o petróleo (e sua cotação em dólares) ainda tem na estabilização e crescimento da “moderna” economia globalizada.

O consumo de energia no Brasil

O maior problema enfrentado atualmente no país é o desperdício de energia elétrica que vem ocorrendo nas últimas décadas. Além do consumo ter aumentado naturalmente, cerca de 12% da energia elétrica que o país produz são desperdiçados, ou seja, não são usados para nada, segundo dados da Eletrobrás. Esse número equivale a 7.500 megawatts (MW), ou o consumo de 40% das residências brasileiras.
Na verdade, desde 1995 o consumo de energia elétrica vem crescendo mais do que a capacidade de geração das usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares em funcionamento. Assim, o combate ao desperdício passa a ser a fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, uma vez que gera economia e evita maiores impactos ao meio ambiente.
O instrumento usado pelo Governo para tentar diminuir esse desperdício é o PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia, da Eletrobrás. Entre as metas do programa está a redução da demanda na ordem de 130 bilhões de KW/h em 2015. Isso evitaria a instalação de 25.000 MW, o equivalente a cerca de duas usinas hidrelétricas de Itaipu. Além da diminuição da agressão ao meio ambiente, essa economia levaria o país a ter um ganho líquido de R$ 34 bilhões.
Desperdícios a parte, é fato que o processamento de energia implica, necessariamente, na exploração de recursos naturais e na emissão de rejeitos no meio ambiente. Quando essa visão ambiental é somada ao fato de que os combustíveis fósseis são fontes de energia não renováveis e prejudiciais ao meio ambiente, fica evidente a necessidade da utilização de fontes alternativas para a geração de energia.
Em termos de riquezas energéticas, o Brasil é um país privilegiado. A questão é como fazer para captar essa energia disponível e quebrar o elo de dependência com os combustíveis fósseis, partindo para as fontes de energia renováveis. Esse é um desafio para o Brasil e para o resto do mundo. Conheça a seguir as principais fontes de energia alternativa para o próximo século.

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