sexta-feira, 18 de maio de 2012
historia do mundo
Nesse diversificado período, podemos observar a luta travada pelos primeiros homens em seu processo de adaptação às hostilidades impostas pela natureza. Ao longo desse processo de dominação, também é possível ver que estes sujeitos da história não estavam somente preocupados em garantir a sua sobrevivência. Por meio da pintura rupestre, podemos dialogar com os comportamentos, valores e crenças que surgem nesse remoto tempo.
Sem dúvida, as restrições e a limitação das fontes disponíveis dificultam bastante a compreensão do tempo pré-histórico. Entretanto, mesmo com o pouco que nos chega, podemos ver que o conceito elaborado no século XIX está bastante afastado de todo o conhecimento que essa época pode oferecer. Com isso, apesar dos problemas com seu nome, podemos afirmar que a pré-história esteve mais presente na História do que nunca.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Conceito
de Redes de Computadores
Redes
de computadores são estruturas físicas (equipamentos) e lógicas (programas,
protocolos) que permitem que dois ou mais computadores possam compartilhar suas
informações entre si.
Imagine
um computador sozinho, sem estar conectado a nenhum outro computador: Esta
máquina só terá acesso às suas informações (presentes em seu Disco Rígido) ou às
informações que porventura venham a ele através de disquetes e Cds.
Quando
um computador está conectado a uma rede de computadores, ele pode ter acesso às
informações que chegam a ele e às informações presentes nos outros computadores
ligados a ele na mesma rede, o que permite um número muito maior de informações
possíveis para acesso através daquele computador.
Classificação
das Redes Quanto à Extensão Física
As
redes de computadores podem ser classificadas como:
LAN
(Rede Local): Uma rede que liga computadores próximos (normalmente em um mesmo
prédio ou, no máximo, entre prédios próximos) e podem ser ligados por cabos
apropriados (chamados cabos de rede). Ex: Redes de computadores das empresas em
geral.
WAN
(Rede Extensa): Redes que se estendem além das proximidades físicas dos
computadores. Como, por exemplo, redes ligadas por conexão telefônica, por
satélite, ondas de rádio, etc. (Ex: A Internet, as redes dos bancos
internacionais, como o CITYBANK).
Equipamentos
Necessários para a Conexão em Rede
Para
conectar os computadores em uma rede, é necessário, além da estrutura física de
conexão (como cabos, fios, antenas, linhas telefônicas, etc.), que cada
computador possua o equipamento correto que o fará se conectar ao meio de
transmissão.
O
equipamento que os computadores precisam possuir para se conectarem a uma rede
local (LAN) é a Placa de Rede, cujas velocidades padrão são 10Mbps e 100Mbps
(Megabits por segundo).
Ainda
nas redes locais, muitas vezes há a necessidade do uso de um equipamento chamado
HUB, que na verdade é um ponto de convergência dos cabos provenientes dos
computadores e que permitem que estes possam estar conectados. O Hub não é um
computador, é apenas uma pequena caixinha onde todos os cabos de rede,
provenientes dos computadores, serão encaixados para que a conexão física
aconteça.
Quando
a rede é maior e não se restringe apenas a um prédio, ou seja, quando não se
trata apenas de uma LAN, são usados outros equipamentos diferentes, como Switchs
e Roteadores, que funcionam de forma semelhante a um HUB, ou seja, com a função
de fazer convergir as conexões físicas, mas com algumas características técnicas
(como velocidade e quantidade de conexões simultâneas) diferentes dos primos
mais “fraquinhos” (HUBS).
Afinal,
o que é uma rede de computadores?
Atualmente é praticamente impossível
não se deparar com uma rede de computadores, em ambientes relacionados à
informática, principalmente porque a maioria dos usuários de computadores se
conectam a internet – que é a rede mundial dos computadores .
Mesmo em ambientes que não estão
relacionados à informática, mas fazem uso de computadores, a utilização de redes
pode ser facilmente evidenciada. Observe o ambiente de um supermercado, cada
caixa registradora pode ser um computador, que além de estar somando o total a
ser pago, está automaticamente diminuindo o controle de estoque dos produtos que
você está comprando. O responsável pelo controle de estoque tem acesso em tempo
real à lista de mercadorias que tem dentro do supermercado, assim como o
responsável pelo fluxo de financias tem acesso ao fluxo de caixa daquele
momento, facilitando enormemente o processo de gerencia de controle do
supermercado.
As redes de computadores surgiram da
necessidade de troca de informações, onde é possível ter acesso a um dado que
está fisicamente localizado distante de você, por exemplo, em sistemas
bancários. Neste tipo de sistema você tem os dados sobre sua conta armazenando
em um lugar, que não importa onde, e sempre que você precisar consultar
informações sobre sua conta basta acessar um caixa automático.
As redes não são uma tecnologia nova.
Existe desde a época dos primeiros computadores, antes dos PC’s existirem,
entretanto a evolução da tecnologia permitiu que os computadores pudessem se
comunicar melhor a um custo menor. Além da vantagem de se trocar dados, há
também à vantagem de compartilhamento de periféricos, que pode significar uma
redução nos custos de equipamentos. A figura a baixo representa uma forma de
compartilhamento de impressora (periférico) que por ser usado por três
computadores.
É importante saber que quando nos
referimos a dados, não quer dizer apenas arquivos, mas qualquer tipo de
informações que se possa obter de um computador. Outra aplicação para redes de
computadores é a criação de correio eletrônico, o que facilita a comunicação
interna em uma empresa, e se esta empresa estiver conectada a internet, pode-se
usar esse tipo de correio.
Como foi visto, as redes de
computadores é um conjunto de computadores autônimos interligados através de um
meio físico de comunicação para o compartilhamento de recursos. Nas redes de
computadores conectados são sistemas independentes, cada computador, ou nó da
rede da rede, processa localmente suas informações, executa seus próprios
programas e opera de maneira autônoma em relação aos demais.
Os principais motivos que levam a
implantação de uma rede de computadores são:
Possibilitar
o compartilhamento de informações (programas dados) armazenadas nos computadores
da rede;
Permitir
o compartilhamento de recursos associados às máquinas interligadas;
Permitir
a troca de informações entre computadores interligados;
Permitir
a troca de informações entre usuários dos computadores
interligados;
Permitir
a utilização de computadores localizados remotamente;
Permitir
o gerenciamento centralizado de recursos e dados;
Melhorar
a segurança de dados e recursos compartilhados.
Agradecimento
aos sites pelo material disponibilizado:
http://www.algosobre.com.br/informatica/redes-de-computadores-nocoes-basicas.html
Dificuldade: 0 até 10 (Depende de sua vontade de ler)
Conceito Sobre Sistemas
Operacionais
Software: Browser
(Artigo conceitual sobre Sistemas operacionais)Dificuldade: 0 até 10 (Depende de sua vontade de ler)
O
que é um sistema operacional?
-
Sistema operacional, é o programa principal de um computador. É através do
sistema operacional que temos a interação entre Hardware (Parte física do
computador) e Software (Aplicativos em gerais como, Word, Internet Explorer e
outros), o sistema operacional funciona como um “Gerente”, ou seja, ele indica
por onde e como serão gerenciadas as interações entre as duas partes distintas
de um computador. Por exemplo, ao clicar no botão imprimir de algum aplicativo o
sistema operacional ativa um comando que envia esta solicitação ao processador
que por sua vez, envia esta solicitação a impressora.
Quais
são os tipos de sistemas operacionais?
-
Existem 4 tipos básicos de sistemas operacionais. Eles são divididos em grupos
relacionados com o tipo de computador que controlam e o tipo de aplicativos que
suportam. Estas são as categorias mais abrangentes:
Sistema operacional de
tempo real: (RTOS - Real-timeoperating system). É utilizado para
controlar máquinas, instrumentos científicos e sistemas industriais. Geralmente
um RTOS não tem uma interface para o usuário muito simples e não é destinado
para o usuário final, desde que o sistema é entregue como uma "caixa selada". A
função do RTOS é gerenciar os recursos do computador para que uma operação
específica seja sempre executada durante um mesmo período de tempo. Numa máquina
complexa, se uma parte se move mais rapidamente só porque existem recursos de
sistema disponíveis, isto pode ser tão catastrófico quanto se uma parte não
conseguisse se mover porque o sistema está
ocupado.
Monousuário, mono tarefa:
O sistema operacional foi criado para que um único usuário possa fazer uma coisa
por vez. OPalm OS dos
computadores Palm é um bom exemplo de um
moderno sistema operacional monousuário e mono
tarefa.
Monousuário,
multitarefa: Este tipo de sistema
operacional é o mais utilizado em computadores de mesa e laptops. As plataformas
Microsoft Windows e Apple MacOS são exemplos de sistemas
operacionais que permitem que um único usuário utilize diversos programas ao
mesmo tempo. Por exemplo, é perfeitamente possível para um usuário de Windows
escrever uma nota em um processador de texto ao mesmo tempo em que
faz download de um arquivo da Internet
e imprime um e-mail.
Multiusuário:
Um sistema operacional multiusuário permite que diversos usuários utilizem
simultaneamente os recursos do computador. O sistema operacional deve se
certificar que as solicitações de vários usuários estejam balanceadas. Cada um
dos programas utilizados deve dispor de recursos suficientes e separados, de
forma que o problema de um usuário não afete toda a comunidade de usuários.
Unix, VMS e sistemas operacionais mainframe como o MVS são exemplos de sistemas
operacionais multiusuário.
quarta-feira, 7 de março de 2012
computador
Computador é uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Um computador pode prover-se de inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura.
No passado, o termo já foi aplicado a pessoas responsáveis por algum cálculo. Em geral, entende-se por computador um sistema físico que realiza algum tipo de computação. Existe ainda o conceito matemático rigoroso, utilizado na teoria da computação.
Assumiu-se que os computadores pessoais e laptops são ícones da Era da Informação[1]; e isto é o que muitas pessoas consideram como "computador". Entretanto, atualmente as formas mais comuns de computador em uso são os sistemas embarcados, pequenos dispositivos usados para controlar outros dispositivos, como robôs, câmeras digitais ou brinquedos.
No passado, o termo já foi aplicado a pessoas responsáveis por algum cálculo. Em geral, entende-se por computador um sistema físico que realiza algum tipo de computação. Existe ainda o conceito matemático rigoroso, utilizado na teoria da computação.
Assumiu-se que os computadores pessoais e laptops são ícones da Era da Informação[1]; e isto é o que muitas pessoas consideram como "computador". Entretanto, atualmente as formas mais comuns de computador em uso são os sistemas embarcados, pequenos dispositivos usados para controlar outros dispositivos, como robôs, câmeras digitais ou brinquedos.
copa do mundo
(FIFA). A primeira edição aconteceu em 1930, no Uruguai, com a vitória da seleção da casa. Nesse primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial. O Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais - cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). É também o único país a ter participado de todos os Campeonatos. Segue-se a seleção da Itália, tetracampeã (1934, 1938, 1982 e 2006); a Alemanha, tricampeã (1954, 1974 e 1990); os bicampeões Argentina (vencedora em 1978 e 1986) e Uruguai (vencedor em 1930 e em 1950); e, por fim, com um único título, as seleções da Inglaterra, campeã em 1966, da França, campeã em 1998 e da Espanha, campeã em 2010. O Brasil e a Espanha são os únicos países a ganhar fora do seu continente (Brasil em 1958 e 2002 e a Espanha em 2010).
A Copa do Mundo é realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2010 na África do Sul, com a Espanha como campeã, ficando os Países Baixos em segundo lugar, a Alemanha em terceiro e o Uruguai em quarto. Em 2014, terá lugar no Brasil, conforme anúncio da FIFA no dia 30 de novembro de 2007. Desde a Copa do Mundo de 1998 a competição é realizada com 32 equipes participantes.
A Copa do Mundo é realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2010 na África do Sul, com a Espanha como campeã, ficando os Países Baixos em segundo lugar, a Alemanha em terceiro e o Uruguai em quarto. Em 2014, terá lugar no Brasil, conforme anúncio da FIFA no dia 30 de novembro de 2007. Desde a Copa do Mundo de 1998 a competição é realizada com 32 equipes participantes.
Liga dos Campeões da UEFA
A Liga dos Campeões da UEFA, oficialmente UEFA Champions League, que evoluiu da antiga Copa dos Clubes Campeões Europeus ou Taça dos Clubes Campeões Europeus (mesmo nome atribuído ao troféu até os dias atuais: Coupe des Clubs Champions Européens), é uma competição organizada pela UEFA desde a temporada 1955-56 (desde 1992-93 no seu atual formato) para os clubes de futebol mais prestigiados na Europa. O prêmio, a European Champion Clubs Cup (mais conhecida por European Cup), é o troféu mais prestigiado do futebol europeu.
O torneio consiste em várias rondas. Nos moldes atuais, a competição começa na segunda metade de Julho, com três eliminatórias de qualificação (knockout). As 16 equipes sobreviventes juntam-se a outras 16, que estavam previamente qualificadas, formando assim oito grupos de quatro equipes cada. Os primeiros e segundos classificados entram na fase final de knockout, que acaba com a Final em Maio, e os terceiros lugares entram na Liga Europa da UEFA. Antigamente, apenas o campeão de cada liga nacional podia participar na competição; contudo, isto foi mudado em 1997 com o fim de deixar os seguintes classificados das ligas mais fortes participarem também. O título já foi ganho por 21 clubes diferentes, sendo que 12 deles já venceram o título mais do que uma vez. O clube recordista com mais títulos é o Real Madrid, que ganhou a competição por nove vezes.
O torneio consiste em várias rondas. Nos moldes atuais, a competição começa na segunda metade de Julho, com três eliminatórias de qualificação (knockout). As 16 equipes sobreviventes juntam-se a outras 16, que estavam previamente qualificadas, formando assim oito grupos de quatro equipes cada. Os primeiros e segundos classificados entram na fase final de knockout, que acaba com a Final em Maio, e os terceiros lugares entram na Liga Europa da UEFA. Antigamente, apenas o campeão de cada liga nacional podia participar na competição; contudo, isto foi mudado em 1997 com o fim de deixar os seguintes classificados das ligas mais fortes participarem também. O título já foi ganho por 21 clubes diferentes, sendo que 12 deles já venceram o título mais do que uma vez. O clube recordista com mais títulos é o Real Madrid, que ganhou a competição por nove vezes.
carta magna
Magna carta quer dizer, Carta grande, ou seja, é um grande documento, que possui a assinatura do Rei João, que queria fazer com que o exército não tivesse o poder absoluto. O rei João não queria assinar essa carta, pois não poderia ter mais direitos sobre algumas coisas e teria de fazer, teria de fazer tudo segundo a lei.
O rei da Inglaterra, no século XII, se tornou um dos mais poderosos reis, pois seu reino era um dos mais centralizados, então começaram a surgir os fracassos de seu reino fazendo com que houvesse revolta por parte dos ingleses que queriam colocar restrição aos poderes reais. Com o total fracasso do rei, ele foi obrigado a aceitar, um documento chamado de Artigos dos Barões, então foi renovado o juramento, que devia fidelidade ao rei, e em 15 de junho, houve um acordo entre o rei e os Barões, chamada de Carta Magna.

Pedaço de um relato da Carta Magna
Em 1915 a Carta Magna, foi escrita em outras línguas, e repassada para outros lugares, esse documento dava a liberdade da igreja quanto à monarquia. A Carta Magna, já havia sido escrita 1225, e se tornou muito importante na nação britânica, foi escrito em inglês, porém alguns capítulos ainda estão sendo traduzidos.
O rei da Inglaterra, no século XII, se tornou um dos mais poderosos reis, pois seu reino era um dos mais centralizados, então começaram a surgir os fracassos de seu reino fazendo com que houvesse revolta por parte dos ingleses que queriam colocar restrição aos poderes reais. Com o total fracasso do rei, ele foi obrigado a aceitar, um documento chamado de Artigos dos Barões, então foi renovado o juramento, que devia fidelidade ao rei, e em 15 de junho, houve um acordo entre o rei e os Barões, chamada de Carta Magna.

Pedaço de um relato da Carta Magna
Em 1915 a Carta Magna, foi escrita em outras línguas, e repassada para outros lugares, esse documento dava a liberdade da igreja quanto à monarquia. A Carta Magna, já havia sido escrita 1225, e se tornou muito importante na nação britânica, foi escrito em inglês, porém alguns capítulos ainda estão sendo traduzidos.
samba
O samba é um gênero musical, do qual deriva um tipo de dança, de raízes africanas surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras.[1][2][3]
Dentre suas características originais, está uma forma onde a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano[4] e levado, na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro pelos negros que trazidos da África e se instalaram na então capital do Império. O samba de roda baiano, que em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco,[5][6] foi uma das bases para o samba carioca.
Apesar de existir em várias partes do país - especialmente nos Estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e de São Paulo - sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, onde esse formato de samba nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Foi no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, que a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais tocados na cidade (como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente singular. Desta forma, ainda que existissem diversas formas regionais de samba em outras partes do país, samba carioca urbano saiu da categoria local para ser alçado à condição de símbolo da identidade nacional brasileira durante a década de 1930.[7][8][9]
Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado na Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional.[10]"Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe.
Os contornos modernos desse samba urbano carioca viriam somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos morros da cidadem como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos.[8] Não por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou "de raiz". A medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público de classe média também.
O samba moderno urbano surgido a partir do início do século XX tem ritmo basicamente 2/4 e andamento variado, com aproveitamento consciente das possibilidades dos estribilhos cantados ao som de palmas e ritmo batucado, e aos quais seriam acrescentados uma ou mais partes, ou estâncias, de versos declamatórios.[3] Tradicionalmente, esse samba é tocado por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão, como o pandeiro, o surdo e o tamborim. Por influência das orquestras norte-americanas em voga a partir da Segunda Guerra Mundial, e pelo impacto cultural da música dos EUA no pós-guerra, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarineta.
Com o passar dos anos, surgiram mais vertentes no seio desse samba "nacional" urbano carioca, que ganharam denominações próprias, como o samba de breque, o samba-canção, a bossa nova, o samba-rock, o pagode, entre outras.
Dentre suas características originais, está uma forma onde a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano[4] e levado, na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro pelos negros que trazidos da África e se instalaram na então capital do Império. O samba de roda baiano, que em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco,[5][6] foi uma das bases para o samba carioca.
Apesar de existir em várias partes do país - especialmente nos Estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e de São Paulo - sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, onde esse formato de samba nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Foi no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, que a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais tocados na cidade (como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente singular. Desta forma, ainda que existissem diversas formas regionais de samba em outras partes do país, samba carioca urbano saiu da categoria local para ser alçado à condição de símbolo da identidade nacional brasileira durante a década de 1930.[7][8][9]
Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado na Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional.[10]"Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe.
Os contornos modernos desse samba urbano carioca viriam somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos morros da cidadem como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos.[8] Não por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou "de raiz". A medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público de classe média também.
O samba moderno urbano surgido a partir do início do século XX tem ritmo basicamente 2/4 e andamento variado, com aproveitamento consciente das possibilidades dos estribilhos cantados ao som de palmas e ritmo batucado, e aos quais seriam acrescentados uma ou mais partes, ou estâncias, de versos declamatórios.[3] Tradicionalmente, esse samba é tocado por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão, como o pandeiro, o surdo e o tamborim. Por influência das orquestras norte-americanas em voga a partir da Segunda Guerra Mundial, e pelo impacto cultural da música dos EUA no pós-guerra, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarineta.
Com o passar dos anos, surgiram mais vertentes no seio desse samba "nacional" urbano carioca, que ganharam denominações próprias, como o samba de breque, o samba-canção, a bossa nova, o samba-rock, o pagode, entre outras.
febre
A febre ou pirexia, é a elevação da temperatura do corpo humano para cima dos limites considerados normais (36 a 37,4 °C) faixa (range) que compreende 95% da população sadia.[1] A regulação da temperatura é realizada pelo hipotálamo.[2] Pode ser causada por uma série de fatores que incluem: infecção, sequelas de lesão tecidual, inflamação, rejeição de enxerto, processo maligno ou outros fatores.[2] A febre não é uma doença e geralmente não necessita de rápida intervenção, é um sintoma que possui papel de defesa orgânica.[3] Seu controle estrito não previne convulsões (somente em 4% de uma população de crianças sadias ocorre convulsão febril), mas esta pode ser fator desencadeante em pacientes suscetíveis, mesmo com uma pequena elevação de temperatura.[3].
barcelona
Barcelona é a maior cidade e a capital da comunidade autônoma da Catalunha, no nordeste da Espanha; é, também, a capital da comarca de Barcelonès e da província de Barcelona. É a segunda maior cidade da Espanha, após Madrid. Possui uma população de cerca de 1 621 537 habitantes e uma área de 101,4 km². A área urbana de Barcelona, porém, se estende além dos limites administrativos da cidade e abriga uma população de mais de 4,2 milhões de habitantes[1][2] em uma área de 803 km²[1] , sendo a sexta área urbana mais populosa na União Europeia, após Paris, Londres, Vale do Ruhr, Madrid e Milão. Cerca de 5 milhões de pessoas vivem na área metropolitana de Barcelona.[3][4][5]
É a maior metrópole da Europa dentre as localizadas na costa do Mediterrâneo. É a parte principal de uma união de cidades e municípios adjacentes chamada Área Metropolitana de Barcelona, com uma população de 3 186 461 habitantes em uma área de 636 km² (densidade de 5 010 habitantes por km²). Barcelona está localizada na costa do Mediterrâneo, entre a foz do Rio Llobregat e a foz do Rio Besòs, sendo limitada a oeste pela Serra de Collserola (512 metros de altitude).
Em Barcelona, se encontram as instituições mais importantes do governo da Catalunha: a Generalidade da Catalunha
É a maior metrópole da Europa dentre as localizadas na costa do Mediterrâneo. É a parte principal de uma união de cidades e municípios adjacentes chamada Área Metropolitana de Barcelona, com uma população de 3 186 461 habitantes em uma área de 636 km² (densidade de 5 010 habitantes por km²). Barcelona está localizada na costa do Mediterrâneo, entre a foz do Rio Llobregat e a foz do Rio Besòs, sendo limitada a oeste pela Serra de Collserola (512 metros de altitude).
Em Barcelona, se encontram as instituições mais importantes do governo da Catalunha: a Generalidade da Catalunha
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
musica
Quando e Como Nasceu a Música..?

Como as primeiras manifestações musicais não deixaram vestígios, é práticamente impossível responder. Alguns estudiosos nem tentam; outros enfrentam o problema com base naquilo que se sabe sobre a vida humana na Pré-história e preenchem as lacunas com certa dose de imaginação. Mas nenhuma hipótese diz com exatidão o momento em que os primitivos começaram a fazer arte com os sons.
Ao que parece, o homem das cavernas dava à sua música um sentido religioso, considerava-a um presente dos deuses e atribuía-lhe funções mágicas. Associada à dança, ela assumia um caráter de ritual, pelo qual as tribos reverenciavam o desconhecido, agradecendo-lhe a abundância da caça, a fertilidade da terra e dos homens. Com o ritmo criado - batendo as mãos e os pés -, eles procuravam também celebrar factos como por exemplo, vitórias na guerra e descobertas surpreendentes. Mais tarde, em vez de usar só as mãos e os pés, passaram a ritmar suas danças com pancadas na madeira, primeiro simples e depois trabalhadas para soarem de formas diferentes. Surgia assim, o instrumento de percussão.
Os barulhos da natureza deviam fascinar o homem desses tempos, dando-lhe vontade de imitar o sôpro do vento, o ruído das águas, o canto dos pássaros. Mas para isto, o ritmo não bastava, e o artesanato ainda não permitia a invenção de instrumentos melódicos, de modo que estranhos sons tirados da garganta devem ter constituído uma forma rudimentar de canto que juntamente com o ritmo, resultou na mistura de palmas e roncos, pulos e uivos, batidas e berros. Era o que estava ao alcance do homem primitivo e terá sido um estilo que resistiu a séculos.
Contudo, segundo os actuais conceitos da música, essas tentativas de expressão foram demasiadamente pobres para se enquadrarem na categoria de arte musical. Mas do ponto de vista histórico, estas tentativas tiveram uma importância enorme, porque a sua rítmica elementar acompanhou o homem à medida que este se espalhava sobre a Terra, formando culturas e civilizações, e evoluiu com ele, reflectindo todas as transformações que a humanidade viveu até chegar à Música, que podemos ouvir hoje nos nossos rádios, aparelhagens de som, e até mesmo em concertos ao vivo...
Ao que parece, o homem das cavernas dava à sua música um sentido religioso, considerava-a um presente dos deuses e atribuía-lhe funções mágicas. Associada à dança, ela assumia um caráter de ritual, pelo qual as tribos reverenciavam o desconhecido, agradecendo-lhe a abundância da caça, a fertilidade da terra e dos homens. Com o ritmo criado - batendo as mãos e os pés -, eles procuravam também celebrar factos como por exemplo, vitórias na guerra e descobertas surpreendentes. Mais tarde, em vez de usar só as mãos e os pés, passaram a ritmar suas danças com pancadas na madeira, primeiro simples e depois trabalhadas para soarem de formas diferentes. Surgia assim, o instrumento de percussão.
Os barulhos da natureza deviam fascinar o homem desses tempos, dando-lhe vontade de imitar o sôpro do vento, o ruído das águas, o canto dos pássaros. Mas para isto, o ritmo não bastava, e o artesanato ainda não permitia a invenção de instrumentos melódicos, de modo que estranhos sons tirados da garganta devem ter constituído uma forma rudimentar de canto que juntamente com o ritmo, resultou na mistura de palmas e roncos, pulos e uivos, batidas e berros. Era o que estava ao alcance do homem primitivo e terá sido um estilo que resistiu a séculos.
Contudo, segundo os actuais conceitos da música, essas tentativas de expressão foram demasiadamente pobres para se enquadrarem na categoria de arte musical. Mas do ponto de vista histórico, estas tentativas tiveram uma importância enorme, porque a sua rítmica elementar acompanhou o homem à medida que este se espalhava sobre a Terra, formando culturas e civilizações, e evoluiu com ele, reflectindo todas as transformações que a humanidade viveu até chegar à Música, que podemos ouvir hoje nos nossos rádios, aparelhagens de som, e até mesmo em concertos ao vivo...
como surgiu a vida pela primeira vez?
No final do século XIX vários cientistas alemães, nomeadamente Liebig, Richter e Helmholtz, tentaram explicar o aparecimento da Vida na Terra com a hipótese de que esta tivesse sido trazida de outro ponto do Universo sob a forma de esporos resistentes, nos meteoritos – teoria Cosmozóica. A presença de matéria orgânica em meteoritos encontrados na Terra tem sido usada como argumento a favor desta teoria, o que não invalida a possibilidade de contaminação terrestre, após a queda do meteorito.
Atualmente já foi comprovada a existência de moléculas orgânicas no espaço, como o formaldeído, álcool etílico e alguns aminoácidos. No entanto, estas moléculas parecem formar-se espontaneamente, sem intervenção biológica.
O físico sueco Arrhenius propôs uma teoria semelhante, segundo a qual a Vida se teria originado em esporos impelidos por energia luminosa, vindos numa “onda” do espaço exterior. Chamou a esta teoriaPanspermia (sementes por todo o lado). Atualmente estas idéias caíram em descrédito, pois é difícil aceitar que qualquer esporo resista á radiação do espaço, ao aquecimento da entrada na atmosfera, etc.
Apesar disso, na década de 80 deste século, Crick (um dos descobridores da estrutura do DNA) e Orgel sugeriram uma teoria de Panspermia dirigida, em que o agente inicial da Vida na Terra passaria a ser colônias de microrganismos, transportadas numa nave espacial não tripulada, lançada por uma qualquer civilização muito avançada. A Vida na Terra teria surgido a partir da multiplicação desses organismos no oceano primitivo.
Apesar de toda a boa vontade envolvida, nenhuma destas teorias avança verdadeiramente no esclarecimento do problema pois apenas desloca a questão para outro local, não respondendo à questão fundamental: Como surgiu a vida?
No entanto, um avanço fundamental ocorreu com o as teorias de Pasteur e de Darwin, permitindo abordar o problema sob uma perspectiva diferente.
Dados obtidos a partir de diversos campos da ciência permitiram em 1936 que o russo Alexander Oparin formula-se uma teoria revolucionária, que tentava explicar a origem da Vida na Terra, sem recorrer a fenômenos sobrenaturais ou extraterrestres. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:

- Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioletas, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera. Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo.Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
- As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos. As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados. Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células. Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia.
- Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.
As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.
educação fisica
Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc.
A prática de actividades físico-desportivas foi e continua a ser uma das constantes do comportamento humano. A manifestação cultural da actividade física produziu-se de formas diferentes, em função das necessidades sociais e dos objectivos estabelecidos em cada período histórico e civilização: assim, tem sido vista como actividade utilitária que possibilita a sobrevivência; como preparação para a guerra; como meio de invocação religiosa; como jogo ou actividade recreativa e de ócio; como método de educação física para a saúde; ou então como desporto espectáculo e de competição. Hoje em dia, para poder entender o conceito de educação física é conveniente conhecer a influência que as distintas civilizações exerceram sobre ela ao longo dos séculos. Dependendo do seu objectivo, cada cultura estabeleceu um modelo de educação física diferenciado, que em muitas ocasiões ainda perdura.
O valor da educação física na Grécia antiga
Os gregos da Antiguidade conferiram ao exercício físico um papel de grande destaque nos vários âmbitos da vida social, como a educação, na qual a actividade física se complementava com a aquisição de conhecimentos, e a celebração das festas, nas quais os jogos atléticos
helénicos - fundamentalmene os Jogos Olímpicos tiveram especial transcendência. Tanto através da leitura dos grandes clássicos da poesia e da filosofia (Homero, Píndaro, Platão, Aristóteles, etc.) como através dos achados arqueológicos é possível perceber a importância que tiveram a educação física e a prática do desporto numa das grandes civilizações do Mundo Antigo.
A Ilíada, a primeira obra-prima da literatura grega, e a Odisseia (ambas compostas por Homero provavelmente cerca do ano 800 a. C.) contêm inúmeras referências desportivas, como, por exemplo, a realização de jogos fúnebres em honra de personagens ilustres. É muito provável que exista uma relação entre as duas grandes obras homéricas e os Jogos Olímpicos, já que nas suas páginas aparecem quase todas as categorias olímpicas: corridas de carros (as designadas bigas), corridas.. salto, lançamentos do disco e do dardo, luta e pugilato; também existe uma intenção educativa, ao visar a honra e a perfeição ou, em suma, o areté, o ideal humano da virtude.
Quanto ao poeta Píndaro (518-438 a. C.), a sua mensagem educativa baseia-se no engrandecimento do vencedor desportivo, o qual é tomado como exemplo da perfeição; daí que as suas Odes triunfais (Olímpicas, Píticas, Nemeias e istimicas) sejam dedicadas precisamente ) aos vencedores dos vários Jogos.
Exercício Físico para os grandes filósofos
Por outro lado, Platão (427-347 a. C.), que tinha sido um lutador notável, deu grande importância ao desporto na educação dos jovens helenos. Na sua obra 1República defende que a música e a ginástica harmoniosa e simples - por esta ordem - são as duas disciplinas educativas que devem combinar-se para alcançar a perfeição da alma. Desta forma é visível formar jovens equilibrados, que não serão nem brandos nem brutos. Neste caso, trata-se de uma ginástica com objectivos filosóficos e, como tal, oposta ao culto do corpo (aspecto este criticado pelo filósofo de Atenas). O objectivo é impelir a alma para o bem através de um conceito estético e higiénico.
Aristóteles (384-322a. C.) considerava como disciplinas educativas a escrita, a leitura, a ginástica, a música e, por vezes, o desenho. Acreditava que a ginástica era útil porque fomentava o valor, pela sua vertente competitiva, melhorava a saúde (ideia que o afastava do seu mestre Platão ) e aumentava a força, protótipo das qualidades físicas. É curioso constatar como o grande filósofo de Estagira já alertava na sua época contra o perigo da especialização precoce e da busca prematura de campeões a qualquer preço (um tema tão em voga actualmente). Segundo ele, as crianças não deviam realizar treinos duros antes da puberdade, nem nos três anos seguintes, uma vez que isso prejudicava o seu desenvolvimento biológico; e lembrava que eram muito poucos os desportistas que, tendo sido destacados na idade juvenil, conseguiram ser depois campeões olímpicos.
Pelo contrário, os Espartanos (Lacedemónios ou Lacónios) eram a favor de submeter as crianças a intensivos treinos.
Esparta versus Atenas: dois Conceitos de Educação Física
A Educação Física desempenhava um papel fundamental no sistema educativo grego, pois fazia parte do ansiado equilí- harmónico entre as aptidões físicas e intelectuais. No entanto, convém estabelecer uma distinção entre dois conceitos opostos da educação física: a arcaico-aristocrática de Esparta e a clássico-democrática de Atenas.
A mentalidade espartana, fundamentalmente guerreira, orientava a educação física das crianças para o combate. Assim desde muito pequenos, tanto meninos como meninas recebiam em Esparta uma dura preparação física, na qual até se utilizava a crueldade. Já aos 7 anos de idade eram separados dos seus pais e passavam a depender exclusivamente do Estado. Só as crianças de compleição forte eram consideradas dignas de receber educação; as débeis eram excluídas ou mesmo assassinadas. Os jovens exercitavam-se fora da cidade, no dromos (Iugar para correr), ou, dentro dos seus limites, na palestra (recinto para a luta). Esparta foi a grande dominadora nas primeiras edições dos Jogos Olímpicos (sendo os velocistas especialmente admirados), mas com o passar do tempo a participação foi diminuindo, já que práticamente o seu único interesse radicava em preparar-se para a guerra.
Pelo contrário, em Atenas, o conceito aducação física era muito diferente.Desde os 14 anos, os rapazes exercitavam-se num recinto privado, a citada palestra, onde, sob os sábios conselhos do pedótriba, praticavam salto, disco, dardo, solos (espécie de lançamento de peso),acrobacias, danças, etc.; inclusivé existia uma teoria do treino, na qual se aplicavam os princípios da especificidade e individualização. Não são poucos os exercícios praticados naquela época que coicidem ainda com os da educação fisica escolar actual. Também existiam diversos sistemas de treino, cada vez mais especializados, bem como uma parte destinada ao aquecimento no início de cada sessão.
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O pedótriba dirigia a instrução na palestra e era ajudado pelos alunos mais velhos. Utilizava sistemas de ensino autoritários baseados no «certo-errado». Cumpridos os 18 anos, o jovem passava para o colégio dos efebos e, a partir de então, o Estado encarregava-se da sua educação. Após a sua passagem pela palestra, os jovens atenienses dirigiam-se aos ginásios, que viveram uma época de esplendor a partir do século IV a. C.
O ambiente dos ginásios culturalmente não podia ser melhor: eram utilizados para a preparação física dos efebos e dos atletas, exibiam obras dos melhores artistas (que tinham como modelos os próprios atletas) e reuniam os filósofos, que precisamente ali ensinavam as suas doutrinas (como Platão na Academia e Aristóteles no Liceu, dois dos principais ginásios atenienses). O ginasiarca encarregava-se de dirigir o ginásio, e o ginaste, treinador, ensinava os exercícios físicos. Este último tinha também uma formação completa em medicina, fisiologia e dietética.
O papel complementar dos jogos tradicionais
Além do desporto e da educação física; os Gregos desfrutavam também dos jogos, não incluídos nos festivais de atletismo, que serviam para ocupar as horas de descanso e de ócio. Entre eles encontram-se inúmeros jogos tradicionais que, de uma forma ou de outra, perduraram até aos nossos dias; por exemplo: berlinde, aro, pião, macaca, balouço, tabas, saltar ao eixo, andar «a cavalo" com o colega, o ioiô, jogos de azar com dados, jogos de bola, etc. A progressiva decadência da educação física na Grécia antiga surgiu a partir da crescente influência exercida pelos filósofos sofistas, que se centravam exclusivamente na educação intelectual, em detrimento da cultura física.
Decadência da educação física em Roma
Em Roma, tanto na época republicana como na imperial, quebrou-se o conceito integral da educação física, que se limitou a uma ginástica higiénica e de saúde em termas e palestras. A preparação física só fazia parte da instrução dos soldados a partir dos 14 anos. Cultivava-se o pragmatismo e desejava-se a beleza, a técnica e o prazer desportivo. Ao contrário do que tinha sucedido na Grécia, no mundo romano primava o jovem como espectador dos grandes espectáculos do circo (Iudi) e do anfiteatro (munera),cada vez mais populares e numerosos. Desvinculados do carácter religioso que tiveram na civilização helénica, estes espectáculos adquiriram uma função política, sobretudo sob o Império. De facto, já no ano 105 a. C., durante a República, o Senado instituiu oficialmente o combate de gladiadores como espectáculo nacional. No cenário do anfiteatro os gladiadores profissionais enfrentavam-se entre si (mirmilões, reciários, trácios, samnitas), ou então contra as feras, embora também houvesse lutas entre animais. Tudo isto com uma crueldade extrema e com um final que normalmente significaria a morte de um dos combatentes. Existiam escolas de treino de gladiadores, que frequentemente eram presos ou escravos, mas também homens livres em busca de fama. Estas lutas terminaram no século IV d. C. com o Edicto de Milão. Entre o público romano, também tiveram grande continuidade as corridas de carros (sobretudo, as quadrigas, puxadas por quatro cavalos e conduzidas pelos aurigas) que se realizavam nos circos (como o Máximo, cuja etapa de esplendor se situa entre os séculos I a. C. e I d. C.), num percurso aproximado de quatro quilómetros.
Idade Média: a crise do exercício físico
Uma vez desaparecida a ginástica higiénica, o único vislumbre de preparação física intensa durante o período medieval foi a levada a cabo pelo cavaleiro feudal, orientada para a guerra, torneios e justas. A crise que a educação física atravessou durante o longo período que vai do século VI ao século XIV deveu-se fundamentalmente ao espiritualismo imposto pela Igreja, que procurava prioritariamente a saúde (ou salvação) da alma, condenava o orgulho da vida terrena e menosprezava toda a actividade físico-desportiva. O facto de o cristianismo associar, em geral, a barbárie dos espectáculos romanos, onde os crentes tinham sido objecto de inúmeros sacrifícios sob o Império Romano, à actividade física de carácter lúdico influenciou de forma negativa a imagem do desporto. Assim, o atletismo, por exemplo, que tinha sido a base da educação física na Grécia antiga, praticamente desapareceu na Idade Média.
Por isso, como expoente quase único da educação física pode citar-se o treino que os jovens recebiam para se tornarem cavaleiros, depois de passarem, desde crianças, pelas categorias de pajem e escudeiro. Na sua preparação aprendiam esgrima, equitação, tiro, luta, natação e outras habilidades físicas. A concreção dos ideais de cavalaria tinha como marco as justas (confrontos entre dois cavaleiros) e torneios (verdadeiras batalhas que dois grupos de cavaleiros enfrentavam). Também adquiriram grande importância os jogos de bola, sobretudo a palma e a sou/e.
A actividade física na América pré-colombiana
Nas culturas mesoamericanas pré-colombianas (olmecas, maias, astecas, etc.), os jogos de bola, com as suas distintas va- riantes, adquiriram uma grande importância social e, inclusivé, faziam parte das cerimónias rituais mais vastas. Tanto os restos arqueológicos como as fontes escritas certificam a existência de jogos nos quais se golpeava a bola de diversas formas e, nalguns casos, devia-se fazê-Ia passar por um orifício feito no centro de uma pedra grande. Existem restos de inúmeras canchas(campos destinados a jogos), como na cidade de Chichén-ltzá ou na península do Yucatán (Maias) e em Tenochtitlan, a grande cidade dos As- tecas, fundada no vale do México no ano
de 1325. Também as mulheres participavam nos jogos de bola. Dada a importância destes jogos e a grande habilidade que
os jogadores demonstravam, supõe-se que existiu uma preparação ou ensino desde a idade juvenil.
Renascimento e Humanismo
Após a Idade Média, o interesse que despertou a cultura clássica fez com que a educação física voltasse a ser apreciada no Renascimento e, sobretudo, pelo humanismo, a partir do século XVI. Influenciado por Petrarca e Rabelais, o médico humanista Jeronimus Mercurialis publicou em 1569 Arte Ginástica, obra na qual recuperou a teoria da ginástica greco-romana, sobretudo no sentido do exercício físico para a saúde. A actividade física orientou-se basicamente para a vertente higiénica, em detrimento da formação de atletas (aspecto que não se recuperaria até finais do século XIX). Baltasar de Castiglione, na sua obra O Cortesão, traçou a imagem do perfeito cavalheiro renas- centista, incluindo inúmeras referências à educação física, que estava incluída no conceito de educação integral e servia para a expressão da personalidade do indivíduo.
Bases da educação física moderna
A partir do século XVIII, o Século das Lu zes, apareceram inúmeros filósofos, pedagogos e pensadores que fixaram as bases da educação física moderna e influenciaram as escolas e sistemas posteriores. Assim, Jean Jacques Rousseau (1712-1778), influenciado por John Loc- ke, é o precursor da pedagogia contemporânea. Na sua obra Emílio expôs as suas teorias, baseadas na educação da criança em contacto com a natureza, espontânea e autodidacta. A educação física adquiriu grande relevância através de um método de aprendizagem indutivo («quanto mais fosse a actividade física, maior seria a aprendizagem»); também prestou grande atenção à psicologia evolutiva e ao respeito pelas leis naturais de desenvolvimento da criança, princípios muito valorizados actualmente. Segundo Rousseau, a criança, até aos 12 anos, devia realizar exercícios de educação sensorial: equilíbrios, habilidades manuais, orientação, etc. Este grande pensador de origem suíça influenciou decisivamente uma série de filósofos e pedagogos, tanto contemporâneos como posteriores, entre os quais cabe destacar Bassedow, Kant, Pestalozzi e Amorós.
Bassedow (1723-1790) foi um destaca- do representante da pedagogia da ilustração e do racionalismo e precursor da educação física alemã, devido às suas influências sobre Muths e Jahn. Defendeu a importância da educação física e levou as suas teorias à prática na Escola Philantropinum (criada em1774), primeira escola na Alemanha onde os exercícios físicos fizeram parte do programa escolar. A sua didáctica estabeleceu a progressão do simples ao complexo e do parcial ao total.
O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) dividiu a educação em física e prática. Mas o seu conceito da primeira incluía não só o desenvolvimento das qualidades físicas, como também componentes psíquicos, o desenvolvimento da inteligência, da memória, do carácter, da atenção, etc. O seu rigor pedagógico favoreceu o jogo com finalidade educativa, para fortalecer a criança e educar os seus sentidos.
O suíço Giovanni E. Pestalozzi (1746- 1827), autor de inúmeras obras, matizou muitas ideias de Rousseau. Defendia a figura do mestre e a educação da criança na família e na sociedade (sem isolá-Ia na natureza, como aquele propunha). Visto que procurava o desenvolvimento harmónico dos diferentes âmbitos do ser humano, concedeu muita importância à educação física (duas horas por dia), tanto à natural e instintiva como à planificada e sistemática, ginástica elementar dada pelo educador. O cuidado da higiene, os passeios nas horas das aulas, os jogos desportivos e a atenção às necessidades de cada criança também fazem parte das suas teorias. É o precursor da ginástica analítica.
Francisco de Paula Amorós y Ondeano, marquês de Sotelo (1770-1848), instruído e afrancesado, foi um dos precursores da educação física em Espanha, ao criar e dirigir o Instituto Pestalozziano de Madrid; perseguido durante a repressão o absolutista que teve lugar após a Guerra Peninsular, teve de exilar-se em França. Em Paris dirigiu o Ginásio Normal Militar, instituição a partir da qual difundiu as suas teorias inclusivé no âmbito cívil. Influenciado pelas ideias de Rousseau, Muths e dos círculos militares, estabeleceu um programa de educação física militarista, pouco pedagógico e de difícil execução, com inúmeros exercícios acrobáticos. Os seus objecti- vos eram a saúde, o prolongamento da vida, o aperfeiçoamento das faculdades físicas, a melhoria da espécie e virtudes raciais, e concedeu muita importância à concorrência de todos os sentidos.
A escola alemã
Na escola de ginástica alemã' destaca-se a figura de Guts Muths (1759-1839). Muths desenvolveu um método sistemático de educação física, reunido na sua obra A Ginástica da Juventude. Dividiu o seu sistema de exercícios em fundamentos de força (saltos, corridas, luta), de agilidade (natação, lançamentos, escalada, balanços, equilíbrio) e para a harmonia (dança, marcha, ginástica). Os seus objectivos didácticos eram conseguir uma educação integral. O jogo devia ser planificado, com objectivos lógicos. Nas suas teorias primavam o individualismo, a falta de livre iniciativa do aluno, a competitividade, a obsessão pelas marcas e pelos resultados. Muths influenciou o desporto moderno e a exaltação de sentimentos patrióticos através do exercício físico.
Seguindo os passos de Johann G. Fichte. pai do idealismo alemão, Fried- rich Jahn (1778-1852) manteve umas fortes
convicções nacionalistas que o levaram a desenvolver, entre 1811 e 1819, o seu sistema de ginástica. Entendia que a ginástica, os exercícios, os jogos e as competições deviam servir para devolver a força e o vigor da alma, e isso era o que, segundo o seu ponto de vista, o povo germânico necessitava. O seu sistema, o Turnkunst, reunido na sua Cultura Ginástica Alemã (1816), incluía jogos violentos, corridas, saltos, luta, barra fixa, paralelas, o primeiro salto de cavalo, etc. Professor de educação física em Berlim, Jahn foi um revolucionário que originou forte polémica na sua época, e cujas ideias o levaram mesmo à prisão. A evolução do seu sistema conduziu-o à ginástica desportiva.
Os sistemas analíticos: a ginástica sueca
O sistema de ginástica sueca teve gran-de repercussão em todo o mundo até à segunda metade do século xx, tanto na educação física escolar como na formação de carácter militar. O seu criador foi P. E. Ling (1776-1839), que, ao contrário de Jahn, ficou bem visto pelos círculos de poder. Homem de vasta cultura, Ling idealizou uma ginástica com objectivos higiénicos e médicos, de saúde e reabilitação, e em 1813 fundou o Real Instituto Central de Ginástica de Estocolmo, onde aplicou as suas teorias.
O sistema sueco baseia-se num trabalho analítico, bastante rígido, com um desenvolvimento harmónico de todo o corpo, exercícios simétricos moderados e de fácil compreensão, realizados com uma dificuldade progressiva e, de preferência, sem aparelhos, em pé e obedecendo a uma voz, embora também existam alguns exercícios com aparelhos simples: cambalhotas, suspensões, equilíbrios, etc. Tudo isso se apoiava no estudo de base biológica das formas e efeitos dos exercícios; trata-se de uma ginástica "para todos os públicos». Hjalmar Ling (1820-1866) foi o seguidor e sistematizador das ideias do seu pai e centrou-se no âmbito infantil. Seguindo critérios fisiológicos, a aula de ginástica dividia-se em aquecimento, parte fundamental e relaxamento. Esta divisão utiliza-se ainda hoje, se bem que também se fale em parte inicial, principal e final.
A ginástica neo-sueca (Thulin, Falk, Bjôrkesten) surgiu durante a década de 40 como reacção ao estatismo proposto pela ginástica idealizada por Ling. Esta nova modalidade utilizava o ritmo na execução de diversos exercícios que se podem ligar e incluem balanços e acrobacias. Posteriormente acrescentou-se também a expressividade e eliminou-se a vertente de formação militar.
Os sistemas naturais
A partir dos princípios expostos por Rousseau, Pestalozzi, Amorós, Muths e Demeny, ao longo dos séculos XIX e XX desenvolveram-se diversos sistemas naturais, de entre os quais se distinguem fundamentalmente dois: o método natural de George Hebert (1875-1956) e a ginástica natural escolar austríaca. O primeiro desenvolveu-se em França, em contraposição à ginástica analítica sueca. Foi apresentado em Paris em 1913 e tinha como objectivo o desenvolvimento físico integral mediante actividades naturais do ser humano: marcha, corrida, salto, lançamento, quadrupedia, cambalhota, pesos, equilíbrio, luta, natação, dança, etc. Essas actividades realizavam-se ao ar livre, procurando incidir no desenvolvimento cardiovascular e pulmonar. Estes sistemas partem de uma concepção integral do indivíduo e apresentam um forte carácter pedagógico.
No início do século XX, Margarette Streicher e Karl Gaulhofer idealizaram a ginástica escolar austríaca, na qual recolheram distintos aspectos das escolas surgidas anteriormente: assim, por exemplo, do sistema de Jahn, os aparelhos; da ginástica sueca, o aspecto postural e higiénico; do método natural de Hebert, as actividades naturais; de Dalcroze, o valor do ritmo; e dos incipientes desportos que começavam a proliferar na Grã-Bretanha, o seu aspecto lúdico. O resultado consistiu em sessões de educação física muito completas, de quase 50 minutos, que incluíam uma fase de animação, outra de trabalho postural, para continuar com jogos, desportos, danças, acrobacias, e fi- nalizar com exercícios de relaxamento. Streicher e Gaulhofer relacionaram os exercícios físicos, como agentes educativos, com as necessidades globais da criança. O método natural escolar austríaco foi actualizado durante a década de 70 por Gerard Schmidt, que respeitou a forma natural de as crianças Se expressarem através do jogo e se interessou pelo seu próprio desenvolvimento evolutivo; incidiu sobre um trabalho multilateral, contrário à especialização, e defendeu o ecologismo na educação física.
O movimento desportivo
Com Thomas Arnold (1795-1842) produziu-se uma autêntica revolução na Grã-Bretanha que logo se estendeu por todo o mundo ao introduzir o desporto nos centros educativos; juntaram-se os valores positivos e formativos do desporto, estabelecendo-se uma estreita relação entre o professor e o aluno. O auge desportivo do século XIX, propiciado também pela iniciativa de Pierre de Coubertin (1863-1937), que restaurou os Jogos Olímpicos e defendeu a prática desportiva na escola, e a sua decisiva importância na sociedade do século XX consolidaram o desporto como um bloco fundamental dos conteúdos da educação física.
Os sistemas rítmicos: da dança à aeróbica
Os precursores dos sistemas rítmicos foram Jean Georges Noverre (século XVIII) e François Delsarte (século XIX), e o seu expoente máximo, já no século XX, Jacobo Dalcroze (1885-1950), que aplicou a música à educação física e estudou o ritmo corporal. Também trabalhou a preparação física, a correcção da postura, o desenvolvimento da imaginação, espon- taneidade, etc. A evolução deste sistema levou à ginástica rítmica desportiva.
Dentro dos sistemas rítmicos também se devem citar a ginástica expressiva de Isadora Duncan, a ginástica moderna de Rudolf Bode e a aplicação desta no campo masculino por parte do argentino Alberto Dallo. Os novos sistemas rítmicos são representados pelo gim-jazz (originário da Dinamarca) e pela aeróbica (cujo precursor foi Kenneth H. Cooper, nos Estados Unidos). Desenvolvidos nos últimos trinta anos do século XX, deram lugar a outras modalidades: step, funky; body pump, aquaeróbica, etc., que foram incluídas nas programações de educação física escolar.
Escola Nova e pedagogia americana
A Escola Nova é um movimento pedagógico de reacção contra a escola tradicional que acentua a actividade da criança, tornada no centro da escola. A educação física, portanto, desempenha um importante papel nestas teorias. Entre os seus principais representantes destaca-se a italiana Maria Montessori (1870-1952), com a sua teoria da psicomotricidade, e o filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey (1859-1952), que defendeu os campos de desporto como cenário de uma educação adequada para a vida. Influenciados por este último, apareceram três métodos da pedagogia americana: o método dos projectos (Kilpatrick), o plano Dalton (Parkhurst) e o sistema Winnetka (Washburne), os quais propiciaram muitos dos modelos de ensino utilizados hoje em todo o mundo: a atribuição de tarefas, o ensino recíproco, o ensino programado, a descoberta guiada, a resolução de problemas, etc.
Educação física do século XXI
As escolas, sistemas e movimentos evoluíram e avançaram para a educação física do século XXI, que tem como principal característica a sua consolidada inclusão no programa educativo de todo o mundo, enquanto elemento fundamental de uma educação integral. Porque, tal como dizia o espanhol José María Cagigal, a educação física «é, antes do mais, educação». Assim, a educação física do novo milénio colabora na formação de uma pessoa íntegra, procura o seu desenvolvimento psicomotor e fomenta a qualidade de vida através do exercício físico e do desporto; prepara o ser humano para as exigências que a sociedade lhe apresenta e desenvolve a sua criatividade e personalidade. Graças à educação física actual, demo- crática e integradora, as actividades físico-desportivas irão tornar-se numa forma de ser, em companheiras inseparáveis no decorrer de toda a sua vida.
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